terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O que é Orixá?

Orixá é um poder divino em si mesmo e realiza-se na vida dos seus
cultuadores como uma energia viva e divina capaz de realizar ações
abrangentes, modificadoras da vida do ser.
Orixá é o poder de Deus manifestado de forma “personificada” em que
um ente de natureza divina irradia continuamente esse poder que
concentra em si e doa graciosamente a todos que, movidos pela fé, a
ele recorrer religiosamente por meio de cantos e orações.
Já quem recorrer magisticamente a eles, aí é preciso outros
procedimentos para ativação do seu poder realizador.
Muitos são os poderes de Deus e muitos são os Orixás cultuados na
Umbanda.
Diferente do Candomblé Nagô, onde o sobrenome é designador da
qualidade do Orixá, na Umbanda cada sobrenome simbólico indica
uma entidade em si com sua hierarquia espiritual a manifestá-lo e trabalhar
incorporado durante as giras ou sessões de incorporação.
Ogum é o Orixá maior. Já Ogum Megê é o “Ogum dos Cemitérios”.
Ogum para todos, Ogum Megê para os trabalhos espirituais no terreiro
ou no cemitério.
Para um sacerdote dos Orixás na Nigéria, provavelmente é uma
heresia oferendar Ogum em um cemitério. Mas nós só oferendamos
Ogum Megê no cemitério, pois, para nós, ele é o ordenador ético e
moral dos procedimentos nos domínios de Obaluaiê e Omulu, os
donos do “Campo Santo”.
Logo, se é nesse campo que essa entidade atua, é nele que deve ser
firmado, oferendado e invocado magisticamente. Esses procedimentos
não fomos nós, os encarnados, que determinamos. Quem os ensinou e
ordenou que assim procedêssemos foi a espiritualidade que, aos se
manifestar em seus médiuns, indicava como deviam proceder.
Pouco a pouco, todo um novo conhecimento e uma nova forma de
cultuar e ativar os poderes dos Orixás nos foram sendo transmitidos
até que chegamos a um ponto em que precisamos limitar um pouco as
muitas possibilidades colocadas à nossa disposição pelos guias
espirituais.
Isto é Orixá na Umbanda: uma força e um poder colocados à nossa
disposição de uma forma diferente da já tradicional na Nigéria.
Como a Umbanda nasceu no Brasil e foi pensada no plano espiritual
por mentes evoluidíssimas, um novo modo e uma nova forma foram
tomando corpo e resultaram em uma nova religião.
Tal como o Cristianismo fez com o Velho Testamento: reescreveu-o
no Novo Testamento e está aí, há dois mil anos acolhendo e
sustentando religiosamente os seus seguidores.
Orixá é poder divino e pode ser adaptado a vários modos e formas de
culto e de magia.
Orixá gera religiões e magias porque é poder fundamentado em
Olorum, o nosso Divino Criador.
Não tenham dúvidas, se for preciso, eles criam novas formas de culto e
novos modos de ativá-los religiosa e magisticamente. Quando e onde
for necessário, lá surgirão uma forma e um modo específicos onde
seus fundamentos divinos, os naturais, os espirituais e os magísticos
estarão preservados e intactos porque são divinos, são sagrados e são
parte deles.
Na verdade, os seus fundamentos são imutáveis porque são suas
essências e suas qualidades religiosas e magísticas.
Concluindo, Orixás é poder divino colocado à nossa disposição e
alcance para recorrermos quando criam-nos ou criamo-nos
dificuldades que paralisam nossa evolução espiritual ou material. Ou

ambas!





As Características Dos Filhos De Iansã
Seu filho é conhecido por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito alegre e decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro. Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura. Em seus gestos demonstra o momento que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto. É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social.
Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo. 
Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas. 
São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida. 
Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior. 
São de Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida. 
Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões. 
Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. Se mostram incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras. 
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador. 
Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.