quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
O
que é Orixá?
Orixá é um
poder divino em si mesmo e realiza-se na vida dos seus
cultuadores
como uma energia viva e divina capaz de realizar ações
abrangentes,
modificadoras da vida do ser.
Orixá é o
poder de Deus manifestado de forma “personificada” em que
um ente de
natureza divina irradia continuamente esse poder que
concentra em
si e doa graciosamente a todos que, movidos pela fé, a
ele recorrer
religiosamente por meio de cantos e orações.
Já quem
recorrer magisticamente a eles, aí é preciso outros
procedimentos
para ativação do seu poder realizador.
Muitos são os
poderes de Deus e muitos são os Orixás cultuados na
Umbanda.
Diferente do
Candomblé Nagô, onde o sobrenome é designador da
qualidade do Orixá, na Umbanda
cada sobrenome simbólico indica
uma entidade
em si com sua hierarquia espiritual a manifestá-lo e trabalhar
incorporado
durante as giras ou sessões de incorporação.
Ogum é o Orixá
maior. Já Ogum Megê é o “Ogum dos Cemitérios”.
Ogum para
todos, Ogum Megê para os trabalhos espirituais no terreiro
ou no
cemitério.
Para um
sacerdote dos Orixás na Nigéria, provavelmente é uma
heresia
oferendar Ogum em um cemitério. Mas nós só oferendamos
Ogum Megê no
cemitério, pois, para nós, ele é o ordenador ético e
moral dos
procedimentos nos domínios de Obaluaiê e Omulu, os
donos do
“Campo Santo”.
Logo, se é
nesse campo que essa entidade atua, é nele que deve ser
firmado,
oferendado e invocado magisticamente. Esses procedimentos
não fomos nós,
os encarnados, que determinamos. Quem os ensinou e
ordenou que
assim procedêssemos foi a espiritualidade que, aos se
manifestar em
seus médiuns, indicava como deviam proceder.
Pouco a pouco,
todo um novo conhecimento e uma nova forma de
cultuar e
ativar os poderes dos Orixás nos foram sendo transmitidos
até que chegamos
a um ponto em que precisamos limitar um pouco as
muitas
possibilidades colocadas à nossa disposição pelos guias
espirituais.
Isto é Orixá
na Umbanda: uma força e um poder colocados à nossa
disposição de
uma forma diferente da já tradicional na Nigéria.
Como a Umbanda
nasceu no Brasil e foi pensada no plano espiritual
por mentes
evoluidíssimas, um novo modo e uma nova forma foram
tomando corpo e resultaram em uma
nova religião.
Tal como o
Cristianismo fez com o Velho Testamento: reescreveu-o
no Novo Testamento
e está aí, há dois mil anos acolhendo e
sustentando
religiosamente os seus seguidores.
Orixá é poder
divino e pode ser adaptado a vários modos e formas de
culto e de
magia.
Orixá gera
religiões e magias porque é poder fundamentado em
Olorum, o nosso
Divino Criador.
Não tenham
dúvidas, se for preciso, eles criam novas formas de culto e
novos modos de
ativá-los religiosa e magisticamente. Quando e onde
for
necessário, lá surgirão uma forma e um modo específicos onde
seus
fundamentos divinos, os naturais, os espirituais e os magísticos
estarão
preservados e intactos porque são divinos, são sagrados e são
parte deles.
Na verdade, os
seus fundamentos são imutáveis porque são suas
essências e
suas qualidades religiosas e magísticas.
Concluindo,
Orixás é poder divino colocado à nossa disposição e
alcance para
recorrermos quando criam-nos ou criamo-nos
dificuldades
que paralisam nossa evolução espiritual ou material. Ou
ambas!
As Características Dos Filhos De Iansã
Seu filho é conhecido por seu temperamento
explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e extrovertido.
Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não
admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de
dialogar. Em estado normal é muito alegre e decidido. Questionado torna-se
violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro. Tem um prazer
enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está
fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura. Em seus gestos demonstra
o momento que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza.
Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto. É leal e
objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada
franqueza, o que lhe prejudica o convívio social.
Iansã é a
mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos
de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano
repetitivo.
Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a
ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar,
que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, os filhos de Iansã costumam
ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a
batalha, vencerão todos os problemas.
São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que
repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal.
Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude
completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode
acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida.
Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o
ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo
depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.
São de Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no
meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é
mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade,
fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.
Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às
vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de Iansã
sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.
Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por
súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente
ainda. Se mostram incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele
mesmo faz contra o ser amado. Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode
levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem
reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos
seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando
verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos
duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por
outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a
franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis,
pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética
que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e
arrasador.
Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu
círculo mais íntimo.
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