terça-feira, 26 de março de 2013

AS CORES DOS ORIXÁS



AS CORES DOS ORIXÁS

POR RUBENS SARACENI

Comentar sobre as cores do Ori­xás é o mesmo que tentar equili­brar-se e manter-se ereto na cris­ta de uma onda ou parar todos os movimentos no meio de um ciclone, pois nenhum Orixá tem uma única cor.
Isto tudo é apenas fruto da tentativa de individualizar o geral e generalizar o individual.
Como dar cor a uma energia?
Desde Oxalá, no extremo positivo, até Omolu, no extremo negativo, todos trazem em si tantas cores que, por não serem visíveis aos olhos humanos e serem ainda desconhecidas, é-nos impossível comentá-las.
Afinal todo Orixá é um mistério em si mesmo, e, por ser um mistério, por sua própria essência divina, assume a cor que lhe atribuem, além de todas as outras, pois um mistério é a Manifestação Divina do Divino Criador, tornada visível aos olhos humanos, os quais, por mais que estudem, jamais serão capazes de penetrar no interior de um mistério para desvendá-lo.
Em verdade, um Orixá irradia todas as cores, pois irradia em todas as sete faixas ou padrões vibratórios, e cada tipo de vibração, ao graduar a velocidade do giro, pode ser para mais ou para menos, dá uma cor a cada um dos elementos irradiados na forma de energias.
Por isso, uns dizem que Ogum é azul e outros dizem que é vermelho. Ou uns dizem que Xangô é vermelho e outros dizem que é marrom.
Os Oguns individualizados assumem a cor vermelha, na Umbanda, porque o próprio astral aceitou essa classificação que fixaria a sua identificação e facilitaria seu entendimento. E o mesmo ocorreu com o marrom de Xangô.
Mas nós sabemos que as cores dos Oguns variam de acordo com a faixa vibratória em que atuam. E o mesmo acontece com todos os Orixás, pois temos Iansãs que irradiam a cor ama­rela, a cor vermelha, a cor azul, a cor cobre, a cor dourada, etc.
Logo, discutir a cor dos Orixás é um assunto ainda desconhecido no plano material. O comprimento de onda ou a velocidade da irradiação é que determina se uma energia irradiada é azul, verde ou vermelha. E o comprimento de onda ou velocidade obedece ao tipo de elemento e ao padrão vibratório da faixa por onde ele está sendo irradiado.
No padrão vibratório cristalino, as cores das energias praticamente desaparecem. No padrão vibratório telúrico, elas assumem tonalidades tão densas, que temos a impressão de poder pegá-las com as mãos.
Além do mais, dentro de uma mesma faixa vibratória, temos os subníveis vibratórios. E aí a coisa complica ainda mais, porque nos subníveis mais eleva­dos, as cores se sutilizam, e, nos mais baixos, elas se densificam.
Mas todos os Orixás são Mistérios Divinos e aceitam, sem discussões as cores que já lhe atribuíram ou haverão de atribuir-lhes, pois, como Mistérios, trazem em si todas as cores.
Então que na mente das pessoas se afixe a cor que melhor irá permitir sua interação vibratória com seu que­rido Orixá, pois através dessa via colo­rida seu Orixá atuará em todo o seu mental, espiritual, emocional e físico, e o fará com tanto amor que, no fim, no imenso oceano da vida, todos serão cintilantes e multicoloridos “pingos” de amor à criação e de fé, muita fé, no nosso amoroso Criador.
Agora passaremos aos nossos ama­dos filhos-de-santo e filhos-de-fé, as cores que temos permissão de revelar, e que, se estudarem um pouco acabrão descobrindo fundamentos profundos no campo das irradiações energéticas que começam a acontecer após nossos “pedidos” e orações, invocações e fir­mezas, irradiações e cantos.

OXALÁ....................... Branco, cristalino, furta-cor.
OIÁ-TEMPO.............. Azul escuro, branco, preto e prata.
OXUM........................ Rosa, dourado, azul e amarelo.
OXUMARÈ................. Azul, furta-cor, lilás e azul celeste.
OGUM........................ Azul escuro, prateado, vermelho.
IANSÃ........................ Amarelo, dourado, vermelho-coral.
XANGÔ....................... Marrom claro, dourado, vermelho.
EGUNITÁ................... Laranja, dourado e vermelho.
OXOSSI..................... Verde, azul escuro e magenta.
OBÁ............................ Magenta, dourado e vermelho.
OBALUAÊ.................. Branco, prateado, violeta e branco/preto.
NANÃ......................... Lilás, azul claro e roxo.
IEMANJÁ................... Branco azulado, prateado cristalino, azul profundo (anil) e azul claro.
OMOLU...................... Vermelho, preto, roxo, branco, vermelho, preto.            
EXU............................ Preto, e vermelho.
   POMBAGIRA............ Vermelho, e preto.
Portanto, fiquem com as cores que já se tornaram padrão, e está tudo certo para os nossos amados Orixás, uma vez que eles querem vê-los a partir de sua fé, que deve ser pura e imaculada.

sexta-feira, 15 de março de 2013

A MAGIA NA UMBANDA


CASA DA CARIDADE APRENDIZES DO AMOR 

 

 

A magia na umbanda; as dimensões física, etérica, astral e a movimentação mediúnica de energias entre elas

Magia é movimentação de energia, pela aplicação da vontade e da força mental de um agente encarnado ou desencarnado (ou ambos, em união de interesses), com a finalidade de criar campos de forças magnéticos específicos (atração, defesa, retenção, repulsão). Atraímos energias quando riscamos um ponto com essa finalidade e, ao mesmo tempo, realizamos uma invocação. Quando tocamos uma sineta diante da tronqueira de exu (local onde é fixado vibratoriamente o guardião do templo, geralmente à entrada e aos fundos do terreiro), nos defendemos pedindo proteção e segurança. Da mesma forma, alguns atos magísticos podem ter por objetivo a retenção de certas energias, como por exemplo: ao acendermos uma vela para um determinado orixá no local vibrado dentro do terreiro para essa finalidade específica, ou quando rogamos amor para Oxum ou prosperidade para Iemanjá.

Temos de liberar o ato magístico da conotação de misticismo fantástico, de mistério fenomênico, de algo sobrenatural. Toda ação de magia se baseia em leis da natureza e delas não se consegue prescindir. Umbanda é essencialmente magística e toda a sua magia tem por finalidade o bem do próximo. É importante deixar bem claro que todo ato de magia deve visar ao bem dentro da máxima evangélica de que “devemos fazer ao nosso semelhante aquilo que desejamos a nós mesmos”.

A aplicação prática da magia se dá por meio de invocações, evocações, esconjuros, consagrações, contagens, cânticos, mantras e outros recursos utilizados para facilitar a concentração mental. Quanto mais unido for um grupo que objetiva praticar a magia, mais coeso e força terá o ato magístico, embora um mago adestrado consiga interferir em campos de energia somente pela sua mente disciplinada. Quando falamos em energia, tratando-se de magia, temos de contemplar as dimensões vibratórias mais próximas que nos cercam, ou seja, a física, a etérica e a astral. O pensamento tem poder criador e o que emitimos se movimenta nessas três dimensões. A partir dessa realidade, nos conscientizamos de quão responsáveis somos pelo que pensamos. Detalhando melhor: a dimensão física é formada de energia condensada (matéria); a dimensão etérica tangencia e é contígua à física e se sustenta pela constante emanação fluídica desta, fazendo parte dela; e finalmente temos a dimensão astral, da qual a dimensão material (em que nos encontramos encarnados) é conseqüência, como se fôssemos um gigantesco mata-borrão.Salientamos que a verdadeira morada planetária é o mundo astral, onde passamos a maior parte de nossa existência como desencarnados.

Na umbanda, a movimentação de energias entre essas dimensões se dá pela via mediúnica, não bastando “apenas” ser um mago sacerdote. São os guias do “lado de lá” quem conduzem todos os trabalhos e têm o alcance de justiça e outorga do Astral superior para determinar a amplitude das tarefas realizadas. Por esse motivo, ficamos bastante receosos com os muitos magos existentes atualmente, e com a rapidez com que são formados. Somos de opinião que está faltando mediunidade em muita magia praticada por aí. Preocupa-nos os cursos de formação coletiva, regiamente pagos, para se obter insígnias sacerdotais de mago disto ou daquilo, com solenidades grandiosas de entrega de títulos e paramentos bonitos. Todo o cuidado é pouco quando tratamos com magia cerimonial caritativa de auxílio ao próximo, pois “aquele que não tem patuá que não se meta com mandinga”, diz-nos sempre a veneranda Vovó Maria Conga, sabedora do efeito de retorno para todos nós quando interferimos em campos de energias de outras pessoas, sem autorização para fazê-lo em conformidade com as leis cármicas.

É preciso comentar que todo médium da umbanda é, em maior ou menor proporção, um mago, mas nem todo mago é um médium, pois a premissa para se ter uma função sacerdotal na umbanda é a mediunidade, e não o contrário: dirigentes magos, sem nenhuma mediunidade, na frente de um congá.

Nada temos contra a ênfase mágica sacerdotal e iniciática de outros cultos, que até podem ser confundidos com a umbanda, em vários aspectos ritualísticos, pelos olhos leigos da sociedade. Ocorre que não somos “meros” repetidores de ritual, qual cenógrafos de teatro. Não sabemos exatamente o que se está fazendo por aí, mas com certeza esse grande comércio de magia que está virando indústria não é umbanda, aquela umbanda simples e de pujança mediúnica instituída pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas. A ênfase iniciática e mágica, meramente pelo efeito ritual externo, vistoso, decorre da vaidade humana e é um reducionismo da nossa religião, da sua humildade, simplicidade, e principalmente do mediunismo com as suas entidades, verdadeiras mantenedoras da força e do axé de nossos congás por este Brasil afora.

domingo, 10 de março de 2013




DESLIGAMENTO DO CORDÂO DE PRATA – MORTE DO CORPO FÍSICO

Publicado por Administrador em janeiro 12, 2012

Comentamos anteriormente sobre o cordão de prata, o cordão de ouro, as ligações entre o corpo material e o perispírito ou psicossoma, e do perispírito com o próprio espírito, também chamado corpo mental.
Trataremos agora do desligamento do corpo físico, isto é, o processo da morte. E há um trecho no livro “Obreiros da Vida Eterna” do espírito André Luiz e psicografado por Francisco C. Xavier, que esclarece magistralmente:
Obreiros da Vida Eterna, Capítulo XIII:

“…Ordenou Jerônimo que me conservasse vigilante, de mãos coladas à fronte do enfermo, passando, logo após, ao serviço complexo e silencioso de magnetização. Em primeiro lugar, insensibilizou inteiramente o vago, para facilitar o desligamento nas vísceras. A seguir, utilizando passes longitudinais, isolou todo o sistema nervoso simpático, neutralizando, mais tarde, as fibras inibidoras no cérebro
….
E porque eu indagasse, tímido, por onde iríamos começar, explicou-me o orientador:
- Segundo você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma:

o centro vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax, e o centro mental, mais importante por excelência, situado no cérebro.


Aconselhando-me cautela na ministração de energias magnéticas à mente do moribundo, começou a operar sobre o plexo solar, desatando laços que localizavam forças físicas. Com espanto, notei que certa porção de substância leitosa extravasava do umbigo, pairando em torno. Esticaram-se os membros inferiores, com sintomas de esfriamento


O PODER DAS OFERENDAS


O PODER DAS OFERENDAS

“Não pretendo ensinar “O Pai Nosso” aos vigários” (ditado popular), pretendo tão

Somente contar as minhas modestas experiências no campo das oferendas para os Guias e os Orixás.

Não vou ensinar como montar uma Oferenda, quero apenas testemunhar os resultados, a magia desta prática que tantos realizam sem entender sua extensão, sua beleza!

Meu Deus, quando penso na extensão das dificuldades que passei, penso também o quanto aprendi com todas elas e principalmente, penso quanto recebi com as Oferendas que fui orientada a realizar pelos sagrados Orixás e amados Guias que comandam minha vida.

Hoje, entendo melhor os ensinamentos do Mestre Jesus, “Pedi e obtereis, bata e a porta vos abrirá”. Para pedir é preciso bater à porta certa, diante do ponto de força certo que se abre, perante a nossa atitude de confiança, amor e humildade.

Aceitar nosso Pai, nossa Mãe (Orixás) e diante deles externar a nossa submissão, a santa vontade do Pai Maior (“... seja feita a vossa vontade...”) e harmonizar os nossos pensamentos e sentimentos, nos deixando conduzir pela força do Bem.

Oferendar os nossos Orixás é nossa primeira obrigação, assim como os nossos Guias e Guardiões (Exus, Pomba giras e Exú-mirim), e devemos fazer as oferendas todo ano, para que nossa vida corra nos trilhos que eles dirigem, pulando as pedras que forem colocadas no nosso caminho.

Se tivermos um pouquinho que seja de bom senso, vamos perceber que as dificuldades que ora passamos são exatamente nos pontos que nossos sagrados Orixás regem, onde precisamos ultrapassar os nossos limites e evoluir em suas características positivas.

Conhecer a regência de cada Orixá é o ponto de partida para sabermos em que porta devemos bater e, em razão disto, precisamos estudar para sabermos como devemos pedir, ou seja, o que precisamos oferendar.

É claro que nossos Guias nos ajudam bastante, mas devemos fazer a nossa parte: estudar e observar os resultados de cada Oferenda. Às vezes uma Oferenda nos abre um portal, mas teremos de fazer outra Oferenda diante de outro ponto de força. São várias portas que vão se abrindo uma após a outra. O segredo é confiar sempre... um passo após o outro, nós vamos descodificando os Mistérios

Divinos. Até quando acompanhamos alguém numa Oferenda estamos descodificando estes mistérios. É difícil? Sim, mas tudo isto é lindo, é fascinante...

Se seus caminhos estão fechados, é preciso pedir pra quem? (Esquerda e Direita) sempre!

Se alguém está sofrendo injustiça, em qual porta deve bater? E se o problema é no amor, vamos chorar com Mãe Oxum!

“Conhece-te a ti mesmo” (Sócrates). Conhecer nossas dúvidas, nossas dificuldades e vamos resolvendo uma após a outra, as fontes divinas são inesgotáveis, é só bater, é só pedir, mas é preciso dar a nossa parte e lembrem-se: os Orixás não precisam de nada, quem precisa somos nós! Precisamos oferecer os elementos certos para que retornem para nós na medida certa. Entenderam?

Que universo maravilhoso, tudo está a nossa volta, é só estudar, pensar e oferendar!

“Vou usar de novo as palavras de Jesus para encerrar este texto: É DANDO QUE

RECEBEMOS...”.

Por: Sebastiana Penha Campana

sábado, 2 de março de 2013

ERVAS E SUA UTILIZAÇÃO


As Ervas e sua Utilização

Por Alexandre Cumino


Defumação

A defumação consiste no ato de queimar ervas e resinas aromáticas no carvão em brasa, o que é feito dentro de um turíbulo (defumador), aonde as ervas e resinas exalam seu aroma e essência no ar. È uma prática milenar usada em todas as culturas, alguns utilizavam a queima direta em piras e fogueiras.

O uso ritualístico, ancestral, da defumação tem a finalidade de promover a limpeza astral de ambientes e pessoas. Aqui ressaltamos a importância de seus elementos para a queima de larvas e miasmas astrais, bem como a purificação das energias negativas. Podemos utilizar muitas ervas e resinas diferentes, dependendo dos objetivos propostos, pois é ato magístico-religioso, onde associamos as qualidades, “propriedades”, que a erva ou resina possui com as que desejamos adquirir. Para fazer sua defumação em casa, muna-se de um turíbulo (defumador) colocando carvão para queimar dentro do mesmo (tomar cuidado com o álcool e evitar o manuseio perto de crianças), quando já estiver em brasa despeje aos poucos as ervas e resinas aromáticas. Ofereça às divindades guardiãs dos reinos vegetais e peça para que através desta defumação as pessoas possam ser limpas e descarregadas, assim purificando todas as energias negativas que se encontram em seus corpos astrais. Manuseie seu defumador de forma que a “fumaça aromática” envolva as pessoas a serem limpas e purificadas na defumação.

Lembre-se que na defumação utilizamos ervas secas.


As resinas

A Mirra, o incenso e o beijoim são resinas aromáticas (seiva natural), milenarmente conhecidas e utilizadas ritualisticamente dentro de quase todas as tradições religiosas.

Dentre as suas diversas utilidades a mais tradicional e conhecida é defumação. Todas estas três resinas têm a capacidade de agir em nosso campo astral e mediúnico sutilizando-o e desagregando energias negativas, por esta razão as mais antigas tradições religiosas se utilizavam e ainda utilizam delas, são usadas também para facilitar o contato espiritual. Pela sua alta capacidade de volatilização e por sua qualidade potencializadora são muito utilizadas em conjunto com ervas secas já direcionadas para os campos aos quais estas atuam.


Banhos de limpeza astral

A exemplo da defumação os banhos de ervas também são excelentes para limpeza de nosso corpo astral assim como nosso corpo material também é limpo das impurezas e estimulado pela essência vegetal, aqui nós impregnamos com a força e propriedade das ervas.

Nós utilizamos ervas frescas ou secas para o banho, preparadas como um chá, apagando o fogo assim que começa a ferver e deixando, enquanto esfria um pouco, a água absorver o elemento vegetal. Após o banho normal de higiene, despejamos aos poucos o “banho de ervas”, do pescoço para baixo, entoando nossos pedidos ao Criador e às Divindades. Após, deixe que a essência vegetal seja absorvida por um minuto, enxugue-se normalmente e aproveite este contato com a natureza.