quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

USO DA PEMBA


A Pemba

por Rubens Saraceni

 

A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos, e ela pode ser usada de várias formas, tais como:

-Para riscar pontos cabalísticos;

-Para cruzar os filhos de fé;

-Para pós purificadores;

-Para limpa pessoas;

-Para cruzarem imagens ou outros objetos;

-Para assentamentos;

Pemba significa e é um elemento mágico mineral.

A confecção das pembas acontece desta forma: um mineral, tipo calcário (um gesso - Gipsita) branco é moído e coado, depois é moldado em formas ovais que lhe proporcionam fácil manuseio e boa resistência, não sendo muito duro nem muito mole.

A pemba ideal é aquela que risca facilmente sem esfarelar-se.

Os guias espirituais gostam de riscar pontos cabalísticos quando vão trabalhar. Cada um com seu próprio ponto, raramente repetido por outros guias, ainda que alguns símbolos, signos e ondas sejam comuns.

Porém, sempre vemos diferenças entre os pontos de guias pertencentes a uma mesma linha ou corrente de trabalho espiritual.

As pembas podem ser consagradas ou não, tudo depende da orientação dos guias espirituais.

 

A) Uma consagração simples:

Pode ser feita por todos os médiuns e se processa desta forma:

1. Risca-se um círculo, firmam-se sete velas coloridas sobre ele e uma vela branca no centro.

2. Colocam-se as pembas brancas ou coloridas (menos a de cor preta) dentro dele.

3. Evoca-se Deus e os sagrados orixás, pedindo-lhes irradiação sobre aquele círculo e a imantação das suas vibrações divinas sob as pembas ali colocadas. Que as consagrem para serem usadas segundo as necessidades dos guias e dos médiuns (para riscarem pontos, cruzarem pessoas, fazerem pós específicos, tornando-as condensadoras e anuladoras de energias negativas etc.).

Após a queima das velas, devem ser recolhidas as pembas já consagradas pelos sagrados orixás e guardadas em uma caixa ou envolvidas em tecidos com suas respectivas cores, só voltando a manuseá-las quando forem usadas.

Esta forma de consagração é a mais simples de ser feita. Sendo realizada dentro do congá ou na casa do médium, em um local adequado.

 

 

 

 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

GRAUS DA UMBANDA


CASA DA CARIDADE APRENDIZES DO AMOR

 

GRAUS DA UMBANDA

 

Dissertaremos sobre os Graus da Umbanda trazidos à luz da razão e veremos que em

religião, assim como em tudo o que Deus gerou, não existe o acaso.

Começamos por classificar os Graus de Umbanda.

Temos o Grau de Lei chamado Caboclo (a), temos o Grau ou a Graduação chamada de

Preto-Velho (a), temos os graus de Lei nas Trevas chamados de Exu, também temos o grau de

Pomba-Gira, temos os Graus de Boiadeiro, Baiano, Marinheiro, etc.

Chama-nos a atenção em particular e a dos espíritas em geral a curiosidade dos nomes que são

formados os Graus de Umbanda.

Pois bem, lembramos que na codificação astral da Umbanda, foi escolhido para um

determinado Grau de Luz de Lei e da Vida, o nome (CABOCLO) e que acomodaria todas as

hierarquias de espíritos que viessem a trabalhar regidos por esse grau na nascente Religião de

Umbanda que no inicio do século estava sendo gerada à Luz da Vida.

A Umbanda na sua codificação astral foi pensada por espíritos excelsos e esse grau Caboclo

(a) foi uma homenagem aos índios que dedicaram suas vidas ao culto à natureza.

Diferenciada de outras religiões espiritualistas que prezavam na manifestação dos espíritos a

identificação de seus nomes carnais e sua importância ou determinadas funções exercidas quando

encarnados, na Umbanda batizava-se um de seus muitos graus de luz com o nome Caboclo(a),

homenagem justa à esses espíritos que dedicaram a grande parte de suas vidas e a parte boa delas

ao culto aos ancestrais da natureza.

Sabemos que o grau Caboclo(a) causou e causa algum desconforto em determinadas

religiões espíritas por associarem o nome caboclo a espírito sem cultura e desprovidos de

inteligência, onde em determinados núcleos espíritas preza-se a importância material que um

determinado espírito exerceu em sua vida, tais como: Médico, Filósofos, Generais, Padres, etc.

Os nossos irmãos espíritas não entenderam e não entende que o nome “Caboclo” é um grau

ou uma patente religiosa por onde manifesta-se milhares de espíritos de diversas raças, culturas,

religiões e povos, e que, dentro dessa patente ou grau chamado Caboclo (a), todos os espíritos são

reintegrados e apresentados às suas forças naturais e consagram-se à Deus como seus

instrumentos, onde a partir daí a vontade do Pai passa a manifestar-se em seu intimo como um

desejo de servi-lo servindo seus semelhantes.

Caboclo é Grau e Patente de Luz, e não é fácil para conquistar esse grau, pois todos que nele

estão já dissolveram suas encarnações, suas vidas anteriores, não importando se foram eles

grandes filósofos, médicos, doutores ou sacerdotes. Não, isso não importa, pois tudo isso se

dissolve quando se é chamado ao Grau de Caboclo, pois assim que se assume esse grau, já não

importa mais sua identidade anterior, pois nesse grau você abre mão da sua identidade pessoal e

livre arbítrio e se reveste de uma identidade coletiva chamada de Caboclos (as) que significa Grau

de Lei onde espíritos já despertos anulam sua identidade pessoal para integrar-se à uma identidade

sagrada, abrindo mão de seus desejos pessoais para realizar no coletivo somente a vontade de

Deus Pai através do nome coletivo e do Grau que assumiram diante de Deus (Olorum) e dos seus

divinos Tronos (Orixás).

A Sapiência Divina mostra-se clara e límpida dentro da Umbanda, se

não vejamos: O Grau Caboclo Pena Branca, nesse Grau da Umbanda são

agregados milhares de espíritos que já se elevaram o suficiente para ver que

Deus manifesta-se em tudo e em todos o tempo todo, espíritos esses isentos

de dogmas ou preconceitos e que independente de cor, raça ou credo,

consagram-se à Deus para servi-Lo através das virtudes divinas e voltandose

em nosso auxilio, ajudam-nos a nós seus pares encarnados que ainda

caminhamos por caminhos vezes tortuosos que turvam nossos sentidos.

O que realmente importa na Umbanda, não é o que você foi em outra

encarnação, seja você um rei ou um simples carpinteiro, pois ali na Linha de

Caboclo você é somente mais um dos nobres espíritos que consagrou-se

por inteiro à Deus (Olorum) para servir e guiar seu semelhante.

Queremos dizer aqui é que a Linha de Caboclos é um Grau ou

Patente Divina no qual manifesta-se milhares de nobres e virtuosos espíritos

oriundos das mais diversas culturas, porem que já anularam em seu intimo

suas personalidades e poderes pessoais para integrar-se à um poder maior

e assumirem uma personalidade coletiva.